terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O Nirvana - Sidharta Gautama



O Nirvana


Aquele que experimentou a verdade, a iluminação, o nirvana é o mais feliz de todos os seres. 
Acha-se livre de todos os complexos, obsessões, aflições, medos e tormentos. 
Sua saúde mental é perfeita. 
Não se arrepende do passado nem se preocupa com o futuro, mas vive completamente no presente.
Portanto, aprecia todas as coisas e desfruta delas no sentido mais puro, sem autoprojeções. 
É feliz, desfruta de vida pura, suas faculdades estão satisfeitas, 
está livre da ansiedade, é sereno e pacífico. 
Por estar livre de todos os desejos egoístas, 
do ódio, do ressentimento, do orgulho,
assim como de outras máculas similares,
é puro e não tem manchas que aviltam o seu viver, 
está repleto de amor universal, compaixão, bondade, simpatia, compreensão e tolerância. 
Convive com seus semelhantes, com a maior de todas as atitudes – a pureza, 
pois não pensa só em si. 
Não busca nenhuma satisfação, não acumula nada.
Ao contrário, distribui seus bens interiores; 
os pensamentos que são sempre divinos são repartidos irmanamente com todos os seus semelhantes. 
Está livre da ilusão de um “eu”, da sede que tudo gera e do vir-a-ser.
Seu viver é uma constante integral. 
Completa união com a vida, com o que vive: seja do reino animal, vegetal ou mineral. 
Há uma consonância, uma correspondência entre o que fala e o que vive. 
Seus exemplos espelham um viver são e feliz que enriquecem interiormente aqueles que com ele aprendem.
Sua bandeira é a verdade e com ela ilumina o mundo e as pessoas sentem-se felizes com sua proximidade.
Seu ensinamento é o verdadeiro caminho que, ao trilhado, torna os homens mais próximos da integridade de tudo.

Sidarta Gautama

Obtido em:
ROCHA, Antonio C. A Sabedoria de Sidarta - O Buda. Ediouro

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