Nós, os filhos da Terra,
viajantes siderais,
herdeiros da eternidade,
ciganos estelares,
unidos à centelha divinal em nossos corações,
erguemos as mãos em saudações ao Supremo Alquimista,
ao incomparável Arquiteto,
ao insuperável Poeta,
repousando nossa mente meditativa em Ti.
Celebramos a existência sem limitações,
cantamos a alegria transbordante que nos contagia.
Louvamos o silêncio e a palavra,
respeitamos a ordem cósmica e a lei planetária,
e pleiteamos nosso lugar no concerto das galáxias.
O Bem representa nossa nutrição diária,
o mal é apenas passageiro.
O Amor terrestre é nosso precioso tesouro;
a guerra é apenas temporária.
Em nós coexistem o lobo e o cordeiro,
Brahma e Shiva,
a força e a renúncia.
Somos um amálgama obtruso e excelso,
reflexos de um mistério inescrutável.
Nossos olhos cintilam como um raio
ou expressam ternura e devoção.
Terrestres momentâneos,
dirigimo-nos a Ti,
agradecendo por nossa respiração,
nossos filhos,
nosso alimento
e espaço vital.
Somos peregrinos errantes a vagar pelo tempo,
mas nossa jornada solitária conduz a Ti,
Presença distante a velar por todos nós.
( De um texto hindu, em: Os mestres da Terra - Sérgio de Souza Carvalho)
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