quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Krishna, a música e as flores!

 

A Krishna, atribui-se ter promovido com música o fascinante crescimento e o encantador verdor das plantas em Vrindavan, uma cidade à margem do rio Jamuna, no centro-norte da Índia, famosa pelos seus santos-músicos. Muito mais tarde, consta que um cortesão ligado ao célebre imperador mongol Akbar conseguiu realizar com sua música milagres tais como fazer chover, acender lâmpadas a óleo e induzir as plantas simplesmente por entoar ragas para elas, a florescer e frutificar mais depressa.
Sabedor dessas antigas crenças, T. C. Singh (botânico hindu) sugeriu à sua assistente que executasse para as plantas uma melodia do sul da Índia, a raga intitulada Maya-malava-gaula. Daí a duas semanas, Singh se excitou loucamente ao descobrir que o número de estômatos por área unitária encontrava-se 66% mais alto nas plantas experimentais, que as paredes epidérmicas estavam mais grossas e que as células do parênquima em paliçada revelavam-se às vezes até 50% mais longas e mais largas do que as plantas tomadas como referência... 
Estimulado pelo êxito, Singh passou a cogitar se o som, em prescrições metódicas, não poderia favorecer as lavouras e levar a colheitas mais abundantes. De 1960 a 1963, usando agora vitrola e auto-falante, irradiou Charukesi Raga para seis arrozais em diferentes fases de crescimento e obteve colheitas entre 25 e 60% mais altas que a média regional...  
Mais tarde, Singh relatara outra proeza: só ao executar o mais antigo estilo de dança da Índia, o Bharata-natyam, sem acompanhamento musical e sem penduricalhos nos tornozelos, um grupo de moças pôde acelerar extraordinariamente o crescimento de margaridas, tagetes, cravos e petúnias, levando-os a florescer duas semanas antes das plantas referenciais; o fato foi atribuído à transmissão, pela terra, de seus passos de dança... 

( Em: A vida secreta das plantas, Peter Topkins e Christopher Bird )

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