Inúmeros historiadores da atiguidade referem-se aos essênios com respeito. O historiador Plínio e Fílon de Alexandria relatam, por exemplo, a ampla repercussão de sua influência e seu conhecimento no campo da medicina. Suas comunidades já existiam antes de nossa contagem histórica de tempo, no Oriente Médio e no Egito, e mantinham ligações estreitas com outros grupos religiosos. Por isso, seus ensinamentos denotam um caráter universal, representando uma espécie de religião mundial da época.
Os Essênios viviam em comunidades agrícolas, afastadas das aldeias e cidades. Seu estilo de vida era simples; utilizavam a terra e os bens em conjunto. O indivíduo tinha direito a uma casa simples e a objetos adequados ao uso diário. A riqueza, tanto como a pobreza, era rejeitada como algo anormal. Os Essênios acreditavam que todas as necessidades humanas, como alimentação, moradia, vestuário, etc., podiam ser satisfeitas no contato com a Natureza - sem lutas nem guerras
Os Essênios viviam em harmonia com a Natureza e com as leis naturais. Eles vizualizavam seu trabalho com as plantas e as árvores como a chave de todo o Universo. O trabalho era a conexão com a natureza, o sol, a terra e a chuva. Pelo fato de trabalharem a favor da natureza e não contra ela, podiam assegurar suas necessidades vitais com poucas horas de trabalho. Sabiam muito a respeito do clima, das estações do ano, dos fenômenos metereológicos, conheciam as estrelas e sua influência sobre as plantas, os animais e os homens. Mantinham-se conscientemente afastados das cidades para poderem viver mais próximos à natureza. Além disso, acreditava que as degenerações, doenças e os transtornos mentais manifestavam-se primordialmente naqueles que haviam perdido contato com aquela.
Além disso, os essênios eram vegetarianos: os cereais constituíam sua alimentação básica. Eram mestres na arte de tornar fértil a terra pobre, a transformavam desertos em bosques. Acordavam antes do raiar do dia, e sua primeira oração era dedicada ao sol; por isso eram às vezes chamados de "adoradores do sol". Após a oração, banhavam-se com água fria e tomavam a primeira refeição em silêncio. Trabalhavam até a tarde, e o anoitecer era dedicado à meditação e ao estudo dos ensinamentos.
eram capazes de evitar a maior parte das doenças devido ao seu conhecimento das plantas e das ervas medicinais, grande parte de seus ensinamentos referia-se à cura natural e espiritual. Segundo algumas fontes "essênio" significa "aquele que cura". Era de conhecimento geral na época que os essênios possuíam poderes especiais de cura, e pelo menos um deles é expressamente citado na Bíblia: João Batista. Os alimentos dos essênios eram frescos , colhdos em suas próprias hortas e pomares, e muitos eram ingeridos crus. Até os cereais eram frequentemente preparados de modo a produzir uma espécie de pão que não era submetida a cozimento. Os grãos eram amolecidos, triturados, moldados em forma de bolos e secos sobre pedras ao sol. Esses bolinhos eram de fácil digestão e continham ainda todos os nutrientes naturais dos grãos integrais crus. Hoje sabemos que muitas doenças degenerativas são causadas pela ingestão de poucos alimentos crus.
Os essênios eram da opinião que a ingestão da carne de animais assassinados tornam as pessoas sem sentimento, nervosas, impacientes e propensas a doenças. Desconheciam o açúcar. Suas refeições eram simples e constavam habitualmente de dois ou três componentes. A maior parte das refeições era ingerida devagar e em silêncio, e eles jejuavam uma vez por semana.
(conjunto de citações do livro: Yin Yang Polaridade e harmonia em nossas vidas - Cristipher Markert.)
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