XXIII - As dez coisas supérfluas:
1) Se a natureza vazia do espírito foi realizada, não é mais necessário escutar ou meditar os ensinamentos religiosos.
2) Se a natureza impoluta da inteligência foi realizada, não mais é necessário procurar o perdão de seus pecados.
3) Tampouco a absolvição é necessária para aquele que permanece no estado de quietude mental.
4) Para aquele que atingiu o estado de Pureza sem mistura, não é necessário meditar sobre o Sendeiro ou os métodos de percorrê-lo, posto que já alcançou seu término.
5) Se a natureza irreal ou ilusória dos conhecimentos foi realizada, não é preciso meditar acerca do estado de não-conhecimento.
6) Se a não-realidade ou natureza ilusória das paixões obscurecedoras foi realizada não é necessário buscar o seu antídoto.
7) Se todos os fenômenos são reconhecidos como ilusórios, não é preciso procurar ou rejeitar coisa alguma.
8) Se a tristeza e o infortúnio são reconhecidos como bendições, é inútil procurar a felicidade.
9) Se a natureza incriada de sua própria consciência foi realizada, não é preciso praticar a transferência da consciência.
10)Se o bem dos demais é procurado em tudo aquilo que se faz, é inútil procurar benefício para si mesmo.
Estas são as dez coisas supérfluas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário